PAU DE ARARA ELETRÔNICO! O DIA EM QUE BOLSONARO FEZ JUREMIR SILVA VIRAR 

Por Glauco Fonseca

Bolsonaro em Porto Alegre. Chegou na segunda e foi para o programa Rádio Livre com o Diego Casagrande que, na companhia do Márcio Coimbra, deu um show de jornalismo correto e informativo. Foi uma exceção no cenário jornalístico da capital do RS. Perguntas pertinentes, alinhadas com a agenda do país e não da esquerda, buscando a visão do Deputado a respeito de grandes temas nacionais e, por que não, a respeito do futuro. Bolsonaro saiu-se muito bem e nem de longe lembrou algumas pessoas que mentem, homenageiam mandioca ou estocam vento.

Na terça-feira, Bolsonaro encarou os imberbnes Potter e Kelly (apresentadores do programa Timeline da Rádio Gaúcha e dublês de militantes do PSOL), mas com a sapiência e a experiência do David Coimbra, que acabou saindo do ar por problemas técnicos. Bolsonaro teve de encarar a esquerda “teen” e chique do Rio Grande, mas se deu muito bem novamente. Os ouvintes ficaram satisfeitos com a entrevista. Os radialistas certamente não.

Não bastasse o fogo cruzado na Gaúcha, logo em seguida Bolsonaro foi em direção à Caldas Junior onde dois fenômenos interessantes aconteceram antes da entrevista. O primeiro foi que o entrevistador bolívaro-bolchevique Juremir Silva estava em grande desconforto, pois não queria fazer a entrevista de jeito nenhum, chegando a confessar em “off” a companheiros do programa esportivo que antecede ao Esfera Pública. Mas sem se dar por vencido, encarou a fera não sem antes transferir o programa para o Estúdio Cristal, às vistas do povo que passa pela Esquina da Comunicação (Caldas Junior com Andradas). A incomum transferência para o estúdio Cristal tinha a intenção de atender à uma manobra da esquerda, que colocou ali vários perfis de manifestantes, representando as supostas “vítimas” de Bolsonaro, como LGBTs e diversas outras minorias de sempre, a soldo dos partidos de esquerda. Para a surpresa dos anfitriões e seus amiguinhos, uma grande e entusiasmada turma Bolsonarista também foi para a esquina, anulando completamente a precária e desesperada estratégia inicial.

Bolsonaro entrou no ar e sofreu ataques céleres e furibundos de um âncora que mal sabia que dia e hora eram aquelas. O Deputado Federal mais votado do Rio de Janeiro foi vítima de ironias gratuitas, agressões desnecessárias desde o início. No entanto, um Juremir incomodado perdeu todos os embates com o “mito”, como Bolsonaro é chamado por seus seguidores fervorosos. Bolsonaro deu vários nós em Juremir, incentivado pelo público que o ovacionava lá fora, fazendo o apresentador se encolher cada vez mais na cadeira. Crítico feroz das práticas de tortura praticados durante a ditadura militar, Juremir adotou a “práxis!” e torturou seu entrevistado durante todo o tempo, com gritos, interrupções, intervenções absurdas e fora de todo e qualquer contexto com os tempos e os fatos que hoje assolam o país. Juremir tentou colocar Bolsonaro no pau-de-arara e o Deputado, energizado pela massa que o aplaudia, divertia-se e não se entregava, devolvendo frases, fatos, argumentos e detalhes que fizeram Juremir e sua estagiária engolirem seu próprio silêncio em diversas ocasiões. Em suma, Jair Bolsonaro deu uma “tunda de laço” no jornalista que revelou todo seu fel, a mais flagrante carência de profissionalismo e, acima de tudo, de falta de hospitalidade por parte de uma emissora da importância da Guaíba. Para a centenária empresa da Caldas Jr., foi um fiasco sem precedentes que ela não merecia ter ambientado.

Dado pitoresco ocorreu quando mandaram para o meio da turba um repórter para fazer perguntas. O desavisado jornalista abriu o microfone dizendo que estava diante de muitas pessoas pró e contra Bolsonaro, ao que foi admoestado por várias pessoas que o chamaram de mentiroso. “Não mente! ”, diziam algumas vozes populares vazadas pelo microfone do assustado repórter. “Não mente! ”.

Juremir Silva, o torturador. Ficou muito chato

Publicado originalmente no Blog do Jornalista Políbio Braga

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